quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Flip Flappers #13 | Impressões Finais e Review


HAHAHAH, no fim eu acertei !! O mundo real apresentado no final do episódio nada mais era do que parte do pure illusion, como eu vinha desconfiando há semanas. Levando em consideração o rumo que a narrativa tomou, Flip Flappers conseguiu se encerrar de uma boa maneira, com um último episódio mais feliz do que nunca em seu desfecho. Fizeram alguns twits para chamar atenção e novamente voltou a dar certo.

Papika continou criança pelo simples motivo de Cocona ter "reduzido" sua idade dentro do pure illusion, a mantendo assim até o nascimento de sua filha e mais além, já em mente que a garota ruiva seria parceira de sua filha. O desfecho final da batalha foi como o esperado, com Cocona e Papika se unindo para derrotar a Mimi do pure illusion, e de extra ainda tivemos Dr.Salt entrando no meio da batalha por aquele equipamento semelhante ao que acontece no filme Paprika (uso de máquina para entrar no mundo do subconsciente). A própria transformação de Mimi no final foi reduzido a nada quando as duas personagens centrais finalmente se entenderam ao ponto de controlarem o pure illusion ao seu favor, afinal este mundo não é terra de ninguém.

Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
Extras


Cada cartaz, uma referência.

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Review

Flip Flappers é um show de imagens, cores e luzes que brinca com o imaginário de quem assiste, fazendo-se necessário ver mais de uma vez para possíveis compreensões do que ali acontece, o que também pode mudar a cada vez que apreciamos a série. Este é um que realmente vale a pena dar uma olhada em análises a cada episódio assistido, não só para confirmar o que você acabou de ver, mas para ter outras opiniões e pontos de vista sobre os ocorridos. A obra não esconde o fato que brinca com teorias psicanalíticas, como Gestalt, e os mais conhecidos - e desconhecidos - efeitos visuais que interferem diretamente no desenvolvimento, sentimento e ambição de seus personagens.

Cada aventura de Cocona no mundo dos sonhos tem a ver com sua própria personalidade, a menina vai se descobrindo - e se aceitando - ao decorrer das aventuras, graças a não menos que a garotinha ruiva que a segue por "amá-la muito". Ela aprende a aceitar si mesma, e vai compreendendo melhor os significados de seus sonhos e seu passado. Os episódios podem soar com um tom episódico no começo, mas cada parte se apreciada bem subjetivamente faz algum sentido em algum ponto da personalidade e consciente da protagonista e sua parceira. O anime brinca com aquelas teorias todas ao mesmo tempo que usa doses de non-sense em sua execução, fazendo o imaginário muito além do que podemos imaginar. 



Cada personagem tem uma certa importância e intonação para a narrativa principal, que vai se focando cada vez mais na segunda parte até chegar no ponto em que fica-se evidenciado qual a proposta final da série, com twists e grandes revelações que ligam tudo - mesmo que não sejam todos personagens devidamente explorados. O roteiro da série vai tão bem no seu início que é difícil imaginar que tipo de desfecho final uma obra original irá ganhar; Mas incrivelmente falando, Flip Flappers consegue um final satisfatório que não se desfaz em relação a todo o resto. Há falhas lógicas em vários pontos do show, mas como o non-sense acaba fazendo parte, mesmo que minimamente, pode-se ou não considerar estes erros graves para um geral; Pois, levando em conta que fez parte da proposta do anime a maneira como ele foi executado, tais erros no roteiro podem ser até aceitos, ainda que existentes e um tanto ilógicos. Brincar com o mundo real e o imaginário não é tarefa fácil afinal, e as várias interpretações que se pode tirar de Flip Flappers que indicará se alguns pontos são mesmos falhas, ou apenas teorias não explicitamente explicadas. 


Pois é, parte do que também é trabalhado no desenvolvimento de Cocona é sua sexualidade - bem inocentemente, diga-se de passagem.

A série também carrega milhões de referências de todos tipos de mídias e entretenimentos para si, fazendo as suas batalhas as mais divertidas possíveis. Com uma das melhores animações do ano de 2016, consegue ser original, ripster e versátil com excelentes cenas de sakugas (fluidez) em todas suas batalhas; A consistência dos personagens ajuda ainda mais, uma vez que seus designs são mais estilizados e cartoonescos, semelhante ao que o estúdio Trigger faz, tornando um outro grande mérito do estúdio em saber fazer bom uso dos rabiscos para a boa animação. O maior mérito do show sem dúvida alguma no entanto é a direção; A base da série, o seu norte, são as simbologias e subjetividades passadas por esses jogos de imagens e cores, Oshiyama estreou muito bem como diretor trazendo um fabuloso trabalho artístico-visual.

Para quem procura um anime bem diferente do comum, que aparenta ser maluco e episódico mas que traz grandes simbologias e pensamentos por trás, vale a pena dar uma olhada em Flip Flappers. Também serve como um ótimo entretenimento, com divertidas batalhas super bem animadas. 

Direção: 8.5/10
Roteiro: 7/10
Animação: 9/10
Soundtrack: 6.5/10
Entretenimento: 8/10

Nota Final: 7.5/10






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