Goblin Slayer é uma Light Novel que vem fazendo bastante sucesso no Japão, com boas vendas tanto na obra original como na adaptação em mangá que teve seu primeiro volume já nos rankings semanais (Inclusive, tem altas chances de receber uma adaptação em anime em 2017). E é justamente sobre o mangá que irei comentar um pouco, pois além de ser bem fiel traz conceitos interessantes.
A história começa com a heroína principal iniciando-se como uma aventureira e indo com sua trupe fazer uma missão constituída em matar goblins em uma certa caverna. Porém, inesperadamente todos seus companheiros começam a ser devorados e trucidados violentamente pelas criaturas até que o proclamado - protagonista - "Goblin Slayer" chega para impedir que a menina sofresse do mesmo destino dos outros. Após isso, eles acabam embarcando em busca de novas missões.
Li seis capítulos do mangá (os únicos traduzidos por enquanto), mas como possuem bastante páginas já tem uma base solida o suficiente para que eu comente os vários aspectos da obra. Começando pelo que mais chama atenção, as cenas de batalha (violência). Eles não tentam disfarçar os horrores que acontecem com os aventureiros que perdem as batalha contra os goblins, há uma verdadeira carnificina em todos momentos em que ocorrem essas derrotas, porém o protagonista sabe lidar bem e já adiantou em um diálogo que os goblins comportam-se de maneira diferentes a cada vez que ele os enfrenta. Uma das principais características da espécie presentes na trama é a que esses monstros pegam as mulheres das vilas que atacam ou do grupo que perde as batalhas e as estupram violentamente (o mangá também não faz questão de esconder este ponto). Aí, entra um outro problema.
Todas mulheres do mangá são incrivelmente belas. Não há nenhum design simples e menos rebuscado entre as aventureiras que habitam aquele mundo, o que é um exagero e tanto para prender os leitores. Nas cenas de abuso em que as garotas despidas acabam sendo violentamente abusadas, chamam ainda mais atenção e acredito que esse seja o real propósito. A heroína é outro ponto não muito bom, uma vez que ela é fraca e inocente demais e seu desenvolvimento não é dos melhores. Mesmo que tenha poucos capítulos ela não se mostrou corajosa, é apenas a suporte da equipe que não chama muito atenção como o Goblin Slayer ou os outros personagens que apareceram ao decorrer da obra. O papel das mulheres em serem violentada poderia ser diferente e ter um aproveitamento maior que as desse mais importância, como algumas que poderiam ter escapado e agora iriam atrás das criaturas por pura vingança.
Já o protagonista, por um trauma do passado anseia acabar com todos os goblins dessa terra, mesmo que esses não sejam a única ameaça que o mundo enfrenta. Mesmo existindo outros demônios e calamidades a história mostra-se focar apenas nos personagens que almejam derrotá-los.
Um ponto muito positivo são os detalhes que são abordados em suas aventuras. Quando o Goblin Slayer salva a heroína no início, ela se mija e ele pede para que ela cubra seu corpo com tripas e sangue de criaturas mortas para que a sua presença não seja notada, e aponto que era de grande importância respirar pelo nariz e não evitar o cheiro, para se acostumar. A narrativa não tenta ser apenas supérflua, mas interage o máximo possível com a ambientação daquele mundo; Outro exemplo é quando - mais tarde - junto com outros aventureiros de raças distintas, a heroína e o protagonista em volta de uma fogueira trocam itens culturais de suas culturas uns com os outros e trocam experiências de vida, assim como dividem as histórias de como foi a origem dos goblins segundo cada cultura; Outro mistério bem interessante que aparenta ser desenvolvido mais a frente.
Com esses pontos, concluo que vale a pena dar uma olhada desse mangá. Possui uma história simples mas bem explorada e traz uma arte muito agradável e fiel ao original. Mesmo com uns exageros aqui e ali, é uma história que consegue fazer você ficar esperando por mais.
Avaliação (Capítulos 1 ao 6): 7.5/10
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