segunda-feira, 31 de outubro de 2016

5 Animes de Personagens Sobrenaturais (Zombis/Vampiros/Bruxas/etc) | HGSList


Decidimos fazer essa lista com cinco animes sobrenaturais que envolvem também personagens assim, como fantasmas, bruxas, zumbis e outas criaturas, mas que não fogem de possíveis outros gêneros mais diversificados. Os reviews são de teor apresentativo com um mínimo de crítica e serve como indicação para quem queira.

Sankarea

Fonte: Mangá
Gênero: Comédia, Ecchi, Horror, Romance, Sobrenatural
Diretor: Shinichi Omata (Shouwa Genroku Rakugo Shinjuu)
Estúdio: Deen (KonoSuba, Shouwa Genroku)
Episódios: 12 (+ 2 OVAs e 1 Especial)

Review - Quem disse que zombies não podem ser moes? Em sankarea a heroína principal por consequência de um certo experimento que Furuya faz para tentar reviver seu gato, acaba tornando-se uma zombie racional, e moe. O conceito por trás da criação dos zombies é sátiro e não muito racional, já que o protagonista é um fanático pelo espécime a ponto de ignorar garotas normais e ter o sonho de namorar uma garota zumbi, e como um grande fã do gênero e possuidor das mais diversas bugigangas e livros acaba fazendo uma poção experimental para a ressurreição do seu gato, e da maneira cômica possível, funciona. Nessa comédia que possui uma boa exploração da personagem Rea, faz bastante referências a ficção, mas que não têm bons desfechos finais e nem um roteiro muito coeso e empolgante (misturaram o sério com a comédia), acompanhamos Furuya, o viciado em zombies cuidando de Rea, enquanto um problema sério surge na familia desse linda garota pálida, já que seu pai é um pedófilo compulsivo que tem abstinência pela filha. Por mais que não seja tão impactante e tenha um foco mais em comédia mesmo com o trama sério de Rea, o grande ponto positivo são o design e fotografias que são passadas de ótima maneira principalmente na primeira parte do anime, enquanto a direção faz um serviço decente encantando a todos nós com as belíssimas imagens e visuais de Rea.

Tasogare Otome x Amensia


Fonte: Mangá
Gênero: Mistério, Drama, Horror, Sobrenatural, Comédia, Romance
Diretor: Shin Oonuma (Watamote, Rakudai Kishi)
Estúdio: Silver Link  (Fate Illya, Baka to Test)
Episódios: 12 (+ 1 OVA)


Review - Otome x Amensia é sobre Teiichi, que acaba enxergando uma garota fantasma que reside e assombra o prédio de sua escola; Ela acaba se apaixonado pelo protagonista enquanto muito fanservice ocorre por parte dessa menina que nunca sentiu alguém tocá-la antes e seu passado tenta ser explicado junto a outros casos. O anime traz a curiosa experiência de mesclar uma comédia romântica entre a fantasma e o protagonista ao mesmo tempo que aborda contos de mistério e terror. A concepção do sobrenatural nessa obra é simples e lógica às crenças japonesas, não entrarei mais a fundo para não dar spoilers, mas são como nos casos de fantasmas recorrentes no Japão. Seu início é diferente e imaginativo envolvendo humor com uma mesma cena sendo executada duas vezes; Primeiro pela visão de uma coadjuvante que interage sem saber com a fantasma Yuuko (ela não consegue vê-la) e que depois é refeita com Yuuko aparecendo - para nós - já que agora é na visão de Teiichi. Ao decorrer do show o clima descontraído vai passando para um suspense e terror cada vez mais sério e tenso, mas a direção peca em equilibrar esses meios tão distintos. Os eventos não são bem explicados e aprofundados como no mangá que mostra a história de maneira muito mais extensa e detalhada (o anime comprime a história até não dar mais, e por isso acaba tirando a devida tensão de vários eventos). Mas, embora seja fraco - comparado ao original - nos mistérios que são muito reduzidos, o romance principal da obra funciona e o casal é divertido e simpático, todavia, diferente de Sankarea, é concretizado. A direção visual merece ser citada: As fotografias, representações subjetivas, metáforas e cortes aleatórios com estilização de cenas são muito bem exercidos, mérito do diretor Shin Oonuma que é amigo do tão conhecido Shinbo da SHAFT, e por tal motivo executa sua animação de forma similar ao colega de trabalho. Ou seja? O anime é ótimo visualmente e tem um boa comédia romântica, mas leiam o mangá da obra que verão a diferença gritante por parte da história.

Shingetsutan Tsukihime

Fonte: Visual Novel
Gênero: Mistério, Horror, Sobrenatural, Romance, Ação, Vampiros 
Diretor: Katsushi Sakurabi (Toradora!)
Estúdio: J.C Staff  (Ghost Hunt,Toradora!)
Episódios: 12 
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Trailer Aqui

Review - Tsukihime é uma das visuals novel de Kinoko Nasu e de Takachi Takeuchi, ambos fundadores da Type-moon. A narrativa segue o protagonista Tohno Shiki, que consegue ver linhas que simbolizam a morte de todas as coisas (similar a shiki de Kara no kyoukai), que acaba de se mudar para a casa de sua antiga família e busca se adaptar ao local. Apesar de sua premissa um tanto simples, como é de costume de visual novel, é muito mais complexa do que parece com ponto de enfoque na obra no desenvolvimento/descobrimento do universo apresentado e do protagonista. Fazendo uso de diversos elementos místicos na constituição do universo, o que é muito explorado em narrativas do nasu, com a dualidade da vida pacata de um estudante normal e um ser com a capacidade de eliminar qualquer existência. Falar do enredo é muito difícil, a obra têm tanto a contar que acaba se perdendo nesse sentido, toda coesão da narrativa da obra original acaba sendo destroçada pela má adaptação e construção da série. Portanto, não espere muito do anime, se quiser uma experiência que traga a tona a verdadeira qualidade da obra, jogue a visual novel. No entanto, a composição consegue instigar os espectadores que não á conhecem conseguindo introduzir muitos pontos, mas acaba não desenvolvendo e explicando todos eles. O interessante mesmo é acompanhar a expansão do universo pelos olhos do Shiki e o impacto dele na narrativa, em meio a todos os conflitos em que ele é colocado. 

Dentro dos elementos misticos que a obra apresenta, nós temos um maior foco em um deles (caso se atraia pelo conceito de magos, procure as obras relacionadas a Fate ou Kara no Kyoukai). Os vampiros são muito mais desenvolvidos e trabalhados na obra, com divisão e contextualização dos mesmos. Tsukihime roda em torno desses vampiros e o impacto obscuros que os mesmos causam na sociedade, fazendo com que grande parte da jornada do espectador no anime seja por meio dos conflitos de vampiros e a relação do cast principal de personagens com o mesmo. Um grande exemplo disso é a diva Arcueid. Um dos pontos mais positivos da obra é o clima pesado que consegue ser criado no anime, o que combina bastante com o halloween, principalmente com os seus elementos místicos e a forma que são trabalhados. Esse ambiente mais pesado também é devido a excelente trilha sonora do anime que em muitos momentos é mais interessante que a própria cena.

Aviso: A obra tem muito gore e tem algumas cenas mais pesadas, não é para todo mundo.


Soul Eater

Fonte: Mangá
Gênero: Ação, Aventura, Comédia, Fantasia, Sobrenatural 
Diretor: Takuya Igarashi (Bungou Stray Dogs)
Estúdio: Bones  (Darker than Black, Noragami)
Episódios: 51 

Review -  A obra segue a protagonista Maka e o seu grupo de amigos, no qual são estudantes de uma escola bem diferente, a escola do shinigami. Ela é composta por dois tipos de alunos, os artesãos e as suas armas, ou seja, eles trabalham em duplas. A narrativa se desenvolve na premissa de que Maka, com a ajuda do Soul, conseguir juntar 99 ovos de Kishin e a alma de uma bruxa para transformar Soul em uma "Death Scyte". Soul Eater tem traços bem singulares, e pode não agradar a todos, tanto em personagens como em ambiente. O anime tem uma mistura de narrativa linear e narrativa episódica, para um anime com 51 episódios pode desanimar o espectador. No entanto, a série é muito divertida e singular, seu desenvolvimento é um ponto muito interessante e o carisma dos personagens ajuda a criar uma empatia com eles. O ponto alto é  a reflexão sobre o conceito de insanidade que é feito por meio de alguns personagens e arcos. O principal problema do show, no entanto, é o seu final filler. Mas, tirando esse ponto, é um bom anime e uma ótima escolha de entretenimento.  Dentro do contexto de relação com ao sobrenatural, a obra é composta por diversas referências do mesmo, com Zumbis , Bruxas,  Lobisomens, etc. Isso se estende à construção de cenário e design de personagens, sabendo usar essas referências de forma a agregar à obra e não ser apenas uma cópia, anexada à obra. Um grande exemplo disso é a Medusa, que era utilizada como vilã durante o todo, com o esteriótipo influenciando a sua personalidade e caracterizando bem o conceito de bruxa.

Shiki

Fonte: Novel
Gênero: Mistério , Sobrenatural , Thriller, Vampiro
Diretor: Tetsuro Amino (Arslan Senki)
Estúdio: Daume  (Yuri Yuri, Minami-ke)
Episódios: 22
Opening Aqui
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Review - A estória se passa em uma cidade no interior do Japão chamada Sotoba, aonde acontece uma série de mortes misteriosas desde que uma família rica se mudou para o local. Shiki é uma obra um tanto singular, com uma construção bem peculiar e desenvolvimento muito bem arquitetado, a obra sabe trabalhar o mistério e instigar o espectador a assisti-la. Toda a ambientação visa construir uma cena impactante, e corroborando com a trilha sonora consegue criar um clima de terror sem muito esforço, mesmo esse não sendo o seu foco. A forma em que os personagens são trabalhados é incrível, mesmo que alguns deles sejam difíceis de simpatizar, a série explora o senso de mortalidade em todos, não há um personagem que é evidenciado de forma a ser "protegido" pela narrativa e o anime não tem um único protagonista, eles vão se intercalando ao decorrer da narrativa e mesmo assim ainda consegue manter a trama linear com os personagens do momento (com um character design bem "espalhafatoso"). O ponto alto da obra é a sua reta final, a quebra que acontece e a forma que as pontas soltas são ligadas enaltecem toda a construção prévia que a obra realizou. O uso de elementos místicos é um ponto muito bom, o conflito gerado pela existência de vampiros e lobisomens é muito bem explorado, a dualidade ideológica incorporada por cada personagem sobre esse quesito agrega e muito à obra. Com um trabalho sensacional na humanização desses seres místicos, colocam um ponto de reflexão que vai ser repetido durante toda a obra. E por fim, apesar de ser um tanto desconhecida a obra é muito acima da média e é uma ótima pedida para se contextualizar com o clima de Halloween.

Aviso: A obra tem muito gore e tem algumas cenas mais pesadas, não é para todo mundo. 

Menção Honrosa


Blood Lad

Fonte: Mangá
Gênero: Ação, Sobrenatural, Comédia, Seinen, 
Diretor: Shigeuiki Miya (Bokura wa Minna Kawaisou)
Estúdio: Brain's Brase  (Baccano, Amnesia)
Episódios: 10 

Review - Diferente de todos outros animes dessa lista, Blood Lad trata-se de uma comédia com grandes batalhas estilo shounen entre as várias espécies de criaturas sobrenaturais - vampiros, lobisomens - no mundo dos demônios que é divido por várias áreas em que cada espécie mantém controle.  Enquanto o protagonista, um vampiro que manda em um território, tenta ressuscitar a heroína principal Fuyumi que acabou indo para esse mundo, morreu e virou uma fantasma. A comédia é totalmente cômica e cheia de referências a outros animes, principalmente Dragon Ball Z, enquanto as ditas batalhas acontecem e um fanservice bobo, forçado e debochado com a heroína Fuyumi predomina em alguns momentos para satisfazer a indústria. Há um desenvolvimento breve com o protagonista que conta com a aparição do seu tão temido irmão, mas o enfoque principal que é salvar Fuyumi não acaba acontecendo no fim do anime que é aberto e dá a súbita impressão que terá uma continuação (desistam disso), mas entretenimento é bom e válido para quem quer ver lutas legais e não tem nada perder com uma comédia cômica.

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Análise Semanal: Shuumatsu no Izetta #05


E vamos para o melhor episódio do anime até agora.

 Clique aqui para ver a análise dos episódios anteriores de Shuumatsu no Izetta

No começo do episódio nós temos a coroação da Finé como uma Arquiduquesa, com uma  cerimonia e a apresentação da Izetta. Dentro dessa cena temos muitos pontos positivos. Um deles é a forma que a cerimonia foi apresentada, todo o requinte de nobreza digno de uma monarquia, as falas durante o acontecimento, a ambientação do local, a posição das pessoas em relação a Finé e a Izetta. De um âmbito geral a construção de cena foi excelente, mesmo que a premissa de que tudo que os personagens estavam fazendo já tinha sido coreografado antes. Até a animação estava coesa e bem feita. Eu não poderia deixar de pautar a trilha sonora da cena, toda a construção dos diálogos em meio a linda musica de fundo, foi muito bem feito.



O ponto principal do episódio foi a relação de causa e consequência em torno da ação Finé, a forma que isso repercutiu no resto do mundo e a maneira que eles encontraram para perpetuar isso mais intensamente. Toda essa construção foi sensacional e muito coesa, o interessante foi a forma que isso foi apresentado visualmente, os elementos que traziam muito da época abordada, com o "filme" e os jornais sendo evidenciados como a mídia da época. Mostrando bem a ideia de deturpação da informação e controle ideológico vindo desses jornais, o sensacionalismo propriamente dito.



Tivemos um maior aprofundamento no Berkman, mostrando o outro lado da guerra, um recurso de roteiro muito usado em obra que trabalham com táticas de guerra, é colocar um personagem inteligente em ambos os lados. Izetta também faz isso, a forma que ele foi apresentado e seu tempo de tela foi muito bem utilizado, com diálogos e atitudes significativas, servindo para mostrar a diferença ideológica de ambos os lados(um mais egocêntrico e individualista, e o outro mais solidário e humanitário). Além de evidenciar que o personagem vai ter um impacto futuro na obra.

A invasão do  Império Germânico foi o momento de exploração de táticas em meio a guerra, toda a ideia de a bruxa resolve tudo e a mesmice de repetição da mesma situação foi quebrada. A forma que esse ponto fraco foi explorado e a construção que pode ser feita com isso foi coerente e boa, a estrategia adotada não foi nada tão mirabolante e passou uma sensação de verossimilhança com a realidade por essa "simplicidade". A cena por si só foi sensacional, todos os aparatos técnico estavam bem alinhados, com uma sonoplastia bem encaixada e agregando a construção de cena, as falas passando um "ar" mais épico a cena(ainda mais após a atitude da Izetta de encarar a situação).



E por fim, a situação que foi criada no fim do episódio. Pelo visto vão usar o Jonas como bode expiatório, já que o espião tem certa intimidade com ele. Falando da cena por si só, achei um pouco forçado, se considerar o local e o teor do dialogo dos dois. Relevando esse ponto, a cena trouxe uma maior importância a esse personagem e a forma que ele vai lidar com essa informação é ponto principal, se seguirem o clichê vai ser como eu falei.

Extras

As propagandas do Império Germânico no meio do episodio foram muito bem encaixadas como referência.



Durante o ataque ao Império Germânico feito pela Izetta temos um Avião só de repórteres,isso foi muito interessante de ser anexado, devido as limitações de tecnologia da época e a ideia de ter pessoas testemunhando isso foi uma boa sacada. O problema seria se eles fossem derrubados e mortos, ou seja, era uma faca de dois gumes.



A forma que a mentalidade do Blaster foi trabalhada, foi muito coerente com o que ele viveu, essa maturidade em lidar com a situação do personagem foi muito bem feito.



Estou com medo do próximo episodio devido ao nome dele e a forma em que ele foi apresentado nos pós-créditos.

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domingo, 30 de outubro de 2016

Index de Postagens Diversas

HGS Awads

HGS Awards Edição 2016

Guia de Final de Temporada - O anime acabou, e agora?







Vamos falar de OVAs?


Spoilers




Trailer e Visual de "The Reflection" - Anime Orignal do Stan Lee


Hoje foi divulgado um novo visual (acima) e um trailer para The Reflection, o anime original que será uma colaboração de Stan Lee (Spider Man) e Hiroshi Nagahama (Mushishi) no estúdio Deen.


A sinopse revelada até agora: 

"Após “A Reflexão”, são descobertas por todo o mundo algumas pessoas com superpoderes. Alguns tornam-se heróis, e outros vilões. Como é que a Reflexão aconteceu? Qual foi a sua causa? Com muitos mistérios por resolver, O mundo entra em turbulência."

Como podem ver o anime será lançado em algum momento de 2017, primeiro no Japão e posteriormente no mundo inteiro.

Fonte:  Twitter マンメンミ!~
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sábado, 29 de outubro de 2016

3-Gatsu no Lion #04 | Análise Semanal



Mais descontraído do que o normal, o capítulo dessa semana de Sangatsu no Lion nos aproximou ainda mais das três queridas irmãs que ajudam Rei diariamente. Toda a preocupação de Hinata para fazer o bento de maneira certa para o seu senpai foi muito legal - ainda mais com todos ajudando-a, mas infelizmente como nos esteriótipos de shoujo, o rapaz é super popular e cercado de meninas, o que dificultou e muito a aproximação da pobre garota de tentar dar a ele a comida que se esforçou tanto para fazer. Foi muita bondade da parte de Rei assegurá-la a não jogar todo seu esforço fora, pois a menina é nova demais para se abalar de tamanha forma por uma paixonite, e sua irmã mais velha tinha uma boa consciência disso para não dar nenhum tipo de repreensão à toda bagunça Hinata teve para aprontar a refeição. Houveram muitas cenas de comédia, principalmente quando alternavam os traços normais dos personagens aos chibi, ficou bem leve e divertido.


Falando em irmã mais velha, Akari é muito mais madura do que isso; É a mãezona dali, a moça que protege, ensina e cuida de suas irmãs, seus gato e da casa no geral. Seu discernimento é ótimo e ela sabe bem ser gentil com as pessoas ao redor, é uma bela mulher que não paro de shippar e agraciar a cada semana que passa, e desta vez ela fez angelicalmente tudo que eu já defendia sobre sua pessoa. Engraçado perceber com esse episódio ela também mostrou seu "ponto que fraco" (se é que posso chamar dessa forma) em querer levar para casa tudo que vê aparentemente abandonado pela rua, para transformar em algo fofinho e rechonchudo. Foi assim com Rei, ela sentiu demasiada pela do menino que de fato estava desamparado e agora o protege com todas as forças (como ela ainda não o deixou "redondo"?) e se repetiu estranhamente com Nikaidou, embora essa situação seja diferente e eu não ache que ele vá frequentar tanto a casa das irmãs (não sozinho).


Indo direto para o assunto que o episódio indiretamente tentou abordar - amor -, não pude ficar mais contente com esse desenvolvimento amoroso de Hinata, ainda que não tenha dado certo para a garota, indiretamente abriu espaço para o romance de Akari e Rei já que a irmã do meio que poderia sentir algo por ele mas demonstrou gostar de outros tipos de garotos, e Kiriyama não se importou nada com isso e quis ajudá-la. Agora, tratando-se daquela cena em questão em que Rei fala sobre amor e logo aparece um flashback(?) com uma mulher em cima dele: Essa é a mesma garota que apareceu do primeiro episódio, mas qual é o nome dela e qual sua relação com o passado de Rei? Por que diabos ela o chamou de Zero? Será que ela o estuprou e por tal motivo ele é indiferente em relação às mulheres e ao amor em geral? Será que é sua mãe? Mesmo acreditando nisso é incerto, mas a direção continua com o excepcional trabalho de fazer sutilezas entre o obscuro e o leve no anime, pois mesmo que o episódio no geral tenha sido "para cima", em breves frames o clima da primeira parte mudou para o lado do protagonista dando uma visão mais fria e tensa da situação.



Por fim, Momo é uma fofura. A criança é tão inocente que confunde o "amigo gordo" do protagonista com o personagem de um anime que gosta e isso a deixa demasiadamente feliz, nem o próprio Rei consegue uma façanha dessas. O envolvimento do amigo foi bem legal nesse momento final, e Kiriyama parecia mais otimista do que o normal com essa felicidade toda que o cercava (ou ao menos, era o que direção tentou passar para inibir a tristeza do episódio). E assim, sangatsu no lion continua com seu desenvolvimento na medida certa, sem nenhuma pressa e sempre intercalando entre o humor cômico e o drama melancólico. 

Avaliação Episódio 4: 4/5

Extras


Para não perder o costume: Que mulher! Que fofura.


Isso não poderia faltar.

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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Flip Flappers #04 | Análise Semanal



Papika não vai deixar Cocona de lado; Ficará ao seu lado para sempre e sempre como é dito no final do episódio, que no seu geral serviu para estabelecer e firmar ainda mais o relacionamento das duas, seus laços que precisam se tornar fortes o suficiente para então a protagonista progredir. 

É perceptível na narrativa que não estão tentando dar foco à trama principal da obra - que poderia sair de forma ambiciosa demais, e sim exercendo pouco à pouco o envolvimento que as personagens recebem juntas em todas as aventuras non-sense e pragmáticas. Provavelmente essas aventuras episódicas devem continuar até um clímax do roteiro, mas estas ainda assim são importantíssimas para o entendimento e revelações sobre a personalidade e o subconsciente das personagens. A cena da menina no barco nos sonhos de Cocona retorna (acontecera no episódio um), um forte simbolismo à seu consciente em que ela tenta descobrir quem é de verdade, enquanto faz referência a psicanálise novamente.

Referência que falei, no caso foi retirado de ambas cenas do primeiro episódio.
O grande quadro pintado no corredor do colégio em que Cocona recorrentemente passa e vislumbra é sempre cortado mas pela visão da câmera impedindo-nos de saber o que tem ali. Já estão teorizando que tem a ver com o pure illusion, e mais precisamente, com o consciente de Cocona, e que a garota pintora que apareceu no episódio é responsável e/ou tem mais conhecimento sobre isso. O que faz sentido, mas ainda há uma misticidade muito estranha por trás disso que está ligando todos os fatos; 



Na análise anterior eu disse que a Yayaka possivelmente seria parte do consciente da protagonista que a fez produzir sua imagem naquele outro mundo, mas foi dito que ela de fato estava lá com o objetivo de pegar os cristais, mas servindo a um "outro lado" que ainda é indistinguível entre bem ou mau. A avó de Cocona também é um ponto discutível; Não demonstra nenhuma reação e preocupação com a neta que ficou fora por algum tempo e acaba soando estranho demais. A revelação que os pais da protagonista morreram em sua infância - motivo pelo qual ela não tem nenhuma lembrança deles - tange suspeito, acredito que tenha alguma coisa a ver com o problema todo.

Avaliação Episódio 4: 3/5
Extras


A arquitetura da escola é muito bonita, os backgrounds desse anime tem uma pegada ala Ghibli.
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Grisaia: Phantom Trigger é a Nova Visual Novel da Franquia Grisaia


Frontwing (responsável por todos os outros jogos da franquia Grisaia) anunciou que seu novo projeto é visual novel Grisaia: Phantom Trigger que já tem previsão para a estreia mundial de seus dois primeiros volumes em abril de 2017, pela Steam. O terceiro volume tem previsão para sair em julho do mesmo ano.

A arte e design são de Akio Watanabe, os backgrounds da MAGNUM e o enredo é de Ryuta Fujisaki.


O site oficial foi atualizado com a prévia:

"Após o incidente Heath Oslo, a existência da organização anti-terror EUA-Japão CIRS tornou-se um assunto do conhecimento público. A CIRS foi reconstruída a partir do zero, e as suas funções mais secretas passaram para uma nova agência: SORD (Social Ops, Research & Development).

O objetivo da SORD é treinar uma nova geração de agentes para defender o país contra ameaças futuras. Para atingir esse objetivo, a organização estabeleceu uma série de escolas ao longo do país. A Mihama Academy, foi mais ou menos deixada para apodrecer após o seu encerramento abrupto e recebeu agora um novo propósito como uma tal “escola de formação de especialistas”.

Esta nova encarnação de Mihama Academy é o lar de um grupo diversificado de estudantes, que a cada dia de trabalho aperfeiçoam as suas habilidades incomuns – às vezes durante o próprio trabalho. Mihama confia agora às meninas desajustadas que a frequentam armas e munição real."

Todas as outras VN dessa franquia já receberam adaptação para mangá e anime, então a probabilidade deste também receber tais adaptações não são tão baixas.

Fontes: ANN, Otamu

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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

En En no Shouboutai: Um Shounen Sci-Fi de Chamas do Mesmo Autor de Soul Eater


En En no Shouboutai é a mais recente obra de Atsushi Ohkubo, autor muito conhecido pela obra Soul Eater. Lançado semanalmente pela Shounen Magazine, vou comentar um pouco sobre o mangá (sem muitos spoilers comprometedores) que é diferente em sua proposta mas ainda assim não foge de clichês estereotipados e previsíveis.

O mangá se passa em um futuro em que o maior problema da humanidade é a combustão humana (quando o corpo humano começa a queimar de "dentro para fora" ao ponto de virar cinzas). Sem motivo explicado as chamas irromperam o mundo, distorcendo o espaço e a forma dos continentes, e o único lugar do planeta em que as pessoas podem viver de forma decente é o Império em que a história se passa. Esses fenômenos de combustão ainda são recorrentes a ponto de várias brigadas de bombeiros serem criadas para cuidar dos casos que acontecem nas regiões em que tomam conta; Cada batalhão tem uma especialidade diferente e integram 8 no total, do mais fraco ao mais forte. O protagonista é um novato que chega na cidade do oitavo batalhão e a partir daí começa a resolver casos enquanto tenta buscar informações do seu misterioso passado que ocasionou uma catástrofe. 

Existem três gerações de humanos que ganharam habilidades de comportar-se com as chamas. O protagonista Shira é da 3º geração (a mais fraca) e tem a habilidade de controlá-las, visto que pessoas de outras gerações podem desde controlar/criar as chamas até manipulá-las de outras formas. Vale dizer que quando a brigada vai derrotar um humano em combustão, levam uma freira junto para que reze por sua alma, a fim de não ter nenhum perigo maior para a pessoa que virou um "monstro de chamas".


Diferente de outas histórias em que um arco é prologando até não dar mais, En En no Shouboutai exibe arcos relativamente rápidos. Muito do desenvolvimento da história que indaguei que demoraria para acontecer veio de maneira súbita, como por exemplo, a apresentação de todos os outros batalhões que ocorreu em menos de 50 capítulos.

O protagonista não é muito diferente de outros; Sua habilidade tem um caráter pessoal, pois só ele consegue administrá-la da maneira que faz (ele "ativa" as chamas em seus pé, assim podendo dar chutes muito mais fortes, ficar mais rápido e até dar grandes saltos), o que surpreende a todos. Mas também é mais um esteriótipo de protagonista herói para agradar o público infanto-juvenil, cujo se faz por meio de um personagem "caretão" e afrontador. Os outros personagens são bem peculiares no geral e demonstram várias tipos de características diferentes.

Como por exemplo a heroína que é o foco do fanservice mínimo do mangá; Uma personagem que serve para esse tipo de cena ocorrer:



A oitava brigada está sempre desconfiando das outras, apontando que um poder maior está envolvido com essas combustões, supostamente criadas de maneira artificial. Alguns acontecimentos ao decorrer do mangá são bem previsíveis e lançados logo de cara sem nenhum suspense, o que não agrada já que fica na cara o que virá a seguir e como tudo vai acontecer, várias partes acabam se tornando previsíveis demais.

Agora, finalmente sobre a arte do mangá: Ohkubo faz os desenhos com muito esmero. Os designs de personagens são muito bem feitos e característicos, e uma dos principais atributos são os diferentes olhos apresentados ao decorrer do mangá. O trabalho de fazer impacto em quadros também é muito eficaz, o autor sabe mesmo causar impressão em determinadas páginas causando alguma onipotência muito bem à risca de seus desenhos.

Nota também para os background muito bem feitos e com vários desenhos abstratos, e a arte CG muito bem feita no geral. Para um mangá semanal, é de dar inveja.


Parte abstrata em que me referi, vindo de um dos capítulos mais atuais:


Talvez a maior falha da obra seja seus vilões. Não os indivíduos propriamente dito, mas sim o seu ego e convicção. Sinto uma carência no sentido e na vontade de realmente querer tudo aquilo; Seus fundamentos são quase supérfluos e não impactam tanto levando em consideração algumas ideias e eventos. Mas como já disse antes, na parte do design todos personagens são peculiares.



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Para concluir: En En no Shouboutai é um shounen diferente do habitual em sua proposta, mas como qualquer outra obra têm seus defeitos aqui e ali (neste caso, aponto principalmente os clichês: Cenas fácies de prever pelo seu óbvio). A arte com certeza é um das suas características mais benéficas, como também a variação de personagens de bom cunho que vão aparecendo ao decorrer da série (não que isso agrade a todos...); É um entretenimento que vale a pena dar uma olhada com suas humildes 20 páginas - em média - por semana.

Crédito das imagens: Gekkou Scans. 



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